Centrais sindicais convocam mobilizações contra carestia e em defesa da democracia

Contra a carestia, a fome, a miséria, o desemprego e em defesa da democracia nove centrais sindicais decidem convocar mobilizações até o final do ano.

Em nota divulgada, após reunião, os presidentes das centrais afirmam que o governo “não tem capacidade ou interesse em debelar as causas da crise”.

Confira a íntegra da nota:

Contra a carestia e em defesa da democracia

Tendo em vista as carências da classe trabalhadora em meio a uma conjuntura marcada pela carestia, aumento da fome e da pobreza, aumento da inflação, redução da renda e alta taxa de desemprego, as Centrais Sindicais, após reunião realizada em São Paulo em 17 de maio de 2022, apontam que a luta contra a carestia e a defesa da democracia deverão nortear as ações do movimento sindical brasileiro ao longo deste ano.

Já está claro que o atual governo não tem capacidade ou interesse em debelar as causas da crise econômica e social. O governo até agora, depois de mais de três anos no poder, não apresentou nenhuma política consistente de desenvolvimento e geração de empregos. Ao contrário, implementa uma gestão voltada ao receituário de privatizações, cortes orçamentários e aumento da taxa de juros.

Como se não bastasse, não resolver a crise buscando caminhos que só a aprofundam, o governo ainda cria problemas de outra ordem, ameaçando, frequentemente, a estabilidade da democracia brasileira e o retorno do golpismo e da ditadura.

Conclamamos aos trabalhadores brasileiros reforçar a mobilização contra a fome, a miséria e em defesa da democracia:

  • reforçando a unidade das centrais sindicais como forma de intensificar a luta;
  • ampliando a resistência sobre as investidas aos direitos trabalhistas no legislativo e judiciário;
  • apoiando e processo eleitoral que acontecerá em outubro;
  • fortalecendo as campanhas salariais das diversas categorias como uma forma de luta unitária contra a carestia;
  • convocando atos nacionais, regionais e locais contra a carestia, a miséria, o desemprego e a defesa da democracia.

Esperamos com tais ações e mobilizações suscitar o debate entre a população acerca da necessidade de mudança da atual rota política e econômica que só beneficia os mais ricos e de apoiar um projeto de desenvolvimento econômico baseado na industrialização, geração de empregos de qualidade, valorização do salário mínimo e da renda do trabalhador, justiça social e soberania.

Está mais do que na hora de dar um basta! Por isso, convocamos todas as instituições democráticas a se unirem pela melhoria das condições da população, na defesa da democracia e contra o golpismo.

(Com informações do Portal da CUT)