Desemprego cai e trabalho informal sem direitos bate recorde
A taxa de desocupação, que mede o desemprego no país, caiu para 9,1% no trimestre encerrado em julho.
Essa taxa representa uma queda de 1,4 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior, terminado em abril.
É o menor índice da série desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015, quando também foi de 9,1%.
Já o contingente de pessoas ocupadas foi de 98,7 milhões, um recorde na série histórica, iniciada em 2012.
Depois de dois anos, o rendimento real habitual voltou a crescer e chegou a R$ 2.693 no trimestre.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo IBGE.
O nível de ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi de 57%, queda de 1,1 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior, encerrado em abril.
Já com relação ao mesmo trimestre de 2021, a redução é ainda maior: 4,1 p.p.
O acréscimo de pessoas no mercado de trabalho também foi disseminado quando observadas as categorias de emprego.
Destaque para o número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas), que subiu 4,4% frente ao trimestre anterior e para o número de empregadores (4,3 milhões de pessoas), que cresceu 3,9%.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado também subiu: 1,6% contra o trimestre anterior, alcançando 35,8 milhões.
Já a quantidade de trabalhadores por conta própria foi de 25,9 milhões de pessoas, o que significa um crescimento de 1,3%.
Por fim, o número de empregados sem carteira assinada no setor privado bateu recorde da série histórica e chegou a 13,1 milhões de pessoas, um aumento de 4,8% em relação ao trimestre encerrado em abril.
A taxa de informalidade foi de 39,8% da população ocupada (contra 40% no trimestre anterior e chegou a 39,3 milhões.
Entre as pessoas sem ocupação, a população fora da força de trabalho ficou estável em julho e foi de 64,7 milhões de pessoas.
Já a população desalentada caiu 5% e chegou a 4,2 milhões de pessoas.