Desemprego cai para 10,5% em abril e atinge 11,3 milhões
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 10,5% no trimestre encerrado em abril, com a falta de trabalho ainda atingindo 11,3 milhões de brasileiros, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O desemprego recuou 0,7 ponto percentual em relação aos 3 meses imediatamente anteriores e 4,3 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior.
Trata-se da menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em abril desde 2015, quando foi de 8,1%.
Já o rendimento médio real do trabalhador foi de R$ 2.569, apresentando estabilidade frente ao trimestre anterior (R$ 2.566), mas redução de 7,9% em relação ao mesmo trimestre de 2021 (R$ 2.790).
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).
No levantamento anterior, referente ao 1º trimestre, a taxa de desemprego estava em 11,1%, atingindo 11,949 milhões de pessoas.
Na mínima da série histórica, registrada em 2014, chegou a 6,5%.
O número de pessoas ocupadas alcançou 96,5 milhões, o maior da série histórica, iniciada em 2012, com uma alta de 1,1% (1,1 milhão de pessoas) na comparação com o trimestre de novembro a janeiro e avanço de 10,3% (9 milhões de pessoas )na comparação com o mesmo trimestre de 2021.
Já a população desempregada, estimada em 11,3 milhões de pessoas, recuou 5,8% frente ao trimestre anterior, o que representa 699 mil pessoas a menos, e 25,3% (menos 3,8 milhões de pessoas desocupadas) em relação ao mesmo período do ano passado.
A taxa de informalidade recuou para 40,1% da população ocupada, contra 40,4% no trimestre anterior, mas ainda ficou acima da registrada no mesmo período do ano passado (39,3%), reunindo 38,7 milhões de trabalhadores informais.
O número de trabalhadores por conta própria (25,5 milhões de pessoas) manteve-se estável frente aos 3 meses anteriores, mas subiu 7,2% (mais 1,7 milhão de pessoas) em 1 ano.
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (12,5 milhões de pessoas) foi o maior da série história do IBGE.
Este contingente apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior e teve alta 20,8% (2,2 milhões de pessoas) no ano.
Já os trabalhadores com carteira de trabalho assinada somaram 35,2 milhões, subindo 2% (mais 690 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 11,6% (mais 3,7 milhões) na comparação anual.