Desemprego cai para 11,1% em dezembro, mas renda do trabalho atinge mínima histórica
A taxa de desemprego no Brasil recuou para 11,1% no trimestre encerrado em dezembro, mas a falta de trabalho ainda atinge 12 milhões de brasileiros, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Trata-se do menor índice desde o 4º trimestre de 2019, quando também ficou em 11,1%.
Já a taxa média de 2021 foi de 13,2%, o que indica uma tendência de recuperação frente à de 2020 (13,8%).
Mesmo recuando, foi a segunda maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).
No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em novembro, a taxa de desemprego estava em 11,6%, atingindo 12,4 milhões de pessoas.
Apesar dos indícios de melhora no mercado de trabalho, o rendimento dos trabalhadores encerra 2021 no menor nível da série histórica do IBGE.
A população ocupada cresceu 3% frente aos três meses anteriores, para 95,7 milhões de pessoas.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2020, a alta foi de 9,8% (8,5 milhões a mais de pessoas). Com o crescimento, o nível de ocupação chegou a 55,6%.
Apesar da queda do desemprego, o rendimento real habitual caiu 3,6% frente ao trimestre anterior e 10,7% em relação a igual trimestre de 2020, para R$ 2.447 – o menor rendimento da série histórica do IBGE.
A média anual foi de R$ 2.587, queda de 7% para 2020 (ou, menos R$ 195).
Ou seja, há mais brasileiros trabalhando no país, mas com rendimentos cada vez menores e abaixo dos registrados antes mesmo da pandemia.
Na média anual, o número de desempregados totalizou 13,9 milhões, contra 13,8 milhões de pessoas em 2020