Desemprego fica estável no 1º trimestre e atinge quase 12 milhões

A taxa de desemprego no Brasil ficou no 11,1% no 1º trimestre de 2022, mostrando estabilidade frente ao 4º trimestre, com a falta de trabalho ainda atingindo 11,949 milhões de brasileiros, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já a população ocupada, estimada em 95,3 milhões, caiu 0,5% em 3 meses, o que significa 472 mil pessoas a menos no mercado de trabalho. 

Com isso, o nível da ocupação (percentual de ocupados na população em idade de trabalhar) cair para 55,2%, contra 55,6% no trimestre anterior – a primeira queda em 4 trimestres.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).

No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em fevereiro, a taxa de desemprego ficou em 11,2%, atingindo 12 milhões de pessoas.

Na mínima histórica, registrada em 2014, chegou a 6,5%.

As maiores perdas de vagas foram observadas no grupamento de construção (menos 252 mil pessoas), que caiu 3,4% em 3 meses e na agricultura (menos 138 mil pessoas), com recuo de 1,6%.

Com a retração no contingente de ocupados, a população fora da força de trabalho aumentou 1,4%, o que equivale a uma adição de 929 mil pessoas.

Já a força de trabalho potencial caiu 6,8% ou 610 mil pessoas. Esse grupo reúne aqueles que não estavam ocupados nem procuravam uma vaga no mercado, mas tinham potencial para se transformarem em força de trabalho.

O rendimento médio real foi estimado em R$ 2.548 no 1º trimestre, o que representa um crescimento de 1,5% em relação ao trimestre encerrado em dezembro.

Na comparação interanual, porém, segue 8,7% menor.

A taxa de informalidade ficou em 40,1% da população ocupada, contra 40,7% no 4º trimestre, totalizando 38,2 milhões, contra 38,9 milhões no final de 2021.

A queda dos trabalhadores por conta própria na comparação com o último trimestre foi de 2,5%, o que representa a saída de 660 mil pessoas dessa categoria. Desse contingente, 475 mil eram trabalhadores sem CNPJ.

Veja destaques da pesquisa:

  • 11,9 milhões de desempregados: estabilidade frente ao 4º trimestre e queda de 21,7% (menos 3,3 milhões de pessoas) na comparação interanual (15,3 milhões);
  • 95,3 milhões de pessoas de ocupados: queda de 0,5% (menos 472 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e alta de 9,4% (mais 8,2 milhões) ante o 1º trimestre de 2021;
  • 26,8 milhões de subutilizados: queda de 5,4% (menos 1,5 milhão de pessoas) contra o trimestre anterior e de 20,3% (menos 6,8 milhões) frente aos 3 primeiros meses do ano passado;
  • 4,6 milhões de desalentados (pessoas que desistiram de procurar trabalho): queda de 4,1% (menos 195 mil pessoas) em 3 meses e de 22,4% (menos 1,3 milhão) ante igual trimestre de 2021;
  • 38,2 milhões de informais: a taxa de informalidade foi de 40,1% da população ocupada, o que representa um recuo frente ao 4º trimestre (40,7%), mas alta no comparativo com o 1º trimestre de 2021 (39,1%);
  • 6,5 milhões de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas: queda de 11,7% ante o trimestre anterior (redução de 860 mil pessoas) e 8,2% na comparação interanual;
  • 26,8 milhões de subutilizados: a mão de obra ‘desperdiçada’ caiu 5,4% (menos 1,5 milhão de pessoas) contra o trimestre anterior e 20,3% (menos 6,8 milhões) frente a igual trimestre de 2021;
  • 34,9 milhões com carteira assinada: alta de 1,1% (mais 380 mil pessoas) ante o trimestre anterior e de 10,7% na comparação anual;
  • 12,2 milhões sem carteira assinada: estabilidade frente ao trimestre anterior e alta de 19,3% (2 milhões de pessoas) frente ao 1º trimestre de 2021;
  • 25,3 milhões de trabalhadores por conta própria: queda de 2,5% na comparação com o trimestre anterior (menos 660 mil pessoas), mas alta de 7,3% no comparativo interanual.