Governo do Estado lança programa Psicólogos na Escola

Secretaria de Educação contratou 1.000 profissionais que vão atender alunos, professores e funcionários

O Governo do Estado de São Paulo anunciou na tarde de hoje, durante coletiva de imprensa, o lançamento do programa Psicólogos na Escola. A Secretaria de Educação contratou 1.000 profissionais que vão atender, a partir de novembro, alunos, professores e funcionários, após retomada das aulas presencias, prevista para ocorrer na próxima terça-feira. As cidades do Grande ABC já anunciaram, conforme o Diário mostrou ontem, que não vão autorizar a retomada das aulas presenciais este mês e os municípios de Santo André, São Bernardo, Diadema e Ribeirão Pires publicaram decretos proibindo a retomada das aulas na rede estadual até 7 de outubro, com avaliação de possível liberação após essa data.

A contratação dos psicólogos se alia ao projeto Conviva, que já é executado nas escolas, e que pretende fortalecer o vínculo entre estudantes, docentes e comunidade escolar em geral. O secretário de Educação, Rossieli Soares, apresentou dados de pesquisas da ONG (Organização Não Governamental) Nova Escola e do Instituto Península que indicam que mesmo antes da pandemia de Covid-19, a ansiedade afetava 68% dos professores e que 28% deles já tinham algum episódio de depressão e que durante a pandemia, 50% dos docentes manifestaram preocupação com a saúde mental e 55% gostariam de ter algum tipo de apoio psicológico.


“Estamos falando de uma política que vem para ficar. Precisamos também, cada vez mais, envolver a família no processo educacional, articular e fortalecer a rede de proteção social, seja com municípios, seja com os serviços estaduais de proteção”, destacou o secretário. Os atendimentos com psicólogos na rede estadual serão em sua maioria online e de forma coletiva, na orientação e formação do corpo docente e de funcionários para identificação de sinais de abuso entre os jovens, ou para solução de conflitos, por exemplo. Havendo necessidade, a escola pode, dentro do seu planejamento e das horas que terá para uso do programa, dispor de algum tipo de atendimento individualizado.


Rossieli apresentou, ainda, dados de pesquisa do Conjuve (Conselho Nacional da Juventude) de que 80% dos alunos reconhecem que fatores psicológicos influenciam no aprendizado. “Apoiar os docentes no desenvolvimento das habilidades socioemocionais dos alunos é uma das premissas da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e vamos fazer isso com apoio de profissionais”, concluiu. A expectativa é que os psicólogos atuem, de forma remota e com todas as escolas, em um total de 40 mil horas de atendimento semanal. O programa também tem, entre seus objetivos, combater a evasão escolar no período pós-pandemia.

Fonte: DGABC