Imposto sobre materiais escolares chega a quase 50% do valor dos produtos
A volta às aulas deve pesar no bolso dos consumidores. Segundo um levantamento feito pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) com dados do Impostômetro, os impostos cobrados sobre os materiais escolares chegam a equivaler quase 50% do valor do produto em alguns casos.
Dentre os itens avaliados pelo levantamento, a caneta é o material no qual incide o maior imposto: 49,95%. A lista segue com calculadora (44,75%), régua (44,65%), tesoura (43,54%), agenda (43,19%), cola (42,71%), estojo (40,33%) e pastas plásticas (40,09%).
Segundo o economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa, a alta tributação encarece não apenas os produtos, mas toda a cadeia educacional – e os pais devem pesquisar e comparar preços caso queiram minimizar os custos.
“Os preços oscilam de loja para loja. Pesquisar e comprar em maior quantidade pode garantir a famosa pechincha para economizar no final da compra”, diz o economista.
Os impostos da lista de materiais escolares, de acordo com o levantamento, chegam a ser maiores que a média da carga tributária bruta do governo geral, de 33,90% do Produto Interno Bruto (PIB).