Inflação alta faz população pobre trocar alimentos saudáveis por ultraprocessados

Além de comer menos, a maioria dos brasileiros está se alimentando mal.

É o que mostra um levantamento feito pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP) com base nas Pesquisas de Orçamentos Familiares (POFs), do Instituto Brasileiro de Economia e Estatísticas (IBGE).

De acordo com a análise, enquanto a inflação de alimentos e bebidas pesa no bolso da população, as famílias mais pobres estão trocando alimentos saudáveis e in natura pelos itens industrializados, chamados ultraprocessados.

Desde 2016 o consumo desse tipo de produto cresceu 60% entre as classes sociais mais baixas do país.

Por outro lado, nas faixas onde estão os 40% de brasileiros com maior renda mensal, o consumo de alimentos naturais cresceu, enquanto caiu o de ultraprocessados.

Segundo especialistas, a inflação de alimentos como arroz, feijão, café, carnes, frutas e hortaliças tem sido mais elevada do que a de produtos como macarrão instantâneo, biscoitos recheados e salgadinhos de pacote.

Desta forma, a população mais pobre tem sido empurrada para o consumo de ultraprocessados.

(((Com informações do Portal da CUT)))