Inflação de janeiro é maior para o mês em 6 anos
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou 0,54% em janeiro, após ter registrado taxa de 0,73% em dezembro, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).[
Apesar de ter desacelerado pelo 3º mês seguido frente ao mês anterior, “foi o maior resultado para o mês de janeiro desde 2016 (1,27%)”, destacou o IBGE.
O índice de janeiro foi impactado principalmente pela alta dos preços de alimentos (1,11%) e pelo recuo nos transportes, principalmente com a queda nos preços da gasolina (-1,14%), do etanol (-2,84%) e das passagens aéreas (-18,35%).
Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 10,38%, acima dos 10,06% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Apesar da aceleração, a taxa acumulada segue abaixo da registrada nos meses de outubro e novembro.
Em 2021, a inflação oficial foi de 10,06%, sendo a maior alta desde 2015.
O resultado de janeiro foi influenciado, principalmente, pelo aumentos dos preços do grupo alimentação e bebidas (1,11%), que teve o maior impacto no índice do mês (0,23 ponto percentual).
Os principais destaques de alta entre os alimentos foram as carnes (1,32%) e as frutas (3,40%).
Além disso, os preços do café moído (4,75%) subiram pelo 11º mês consecutivo, acumulando alta de 56,87% nos últimos 12 meses.
Outros destaques foram a cenoura (27,64%), a cebola (12,43%), a batata-inglesa (9,65%) e o tomate (6,21%).
A desaceleração da taxa mensal do IPCA é explicada principalmente pelos custos de transportes, recuou 0,11%, após subir 0,58% em dezembro. Os preços dos combustíveis tiveram queda de 1,23%.
Além da gasolina e do etanol, houve recuo no preço do gás veicular (-0,86%). O óleo diesel (2,38%) foi o único a subir em janeiro. Outros destaques de recuo nos preços foram transportes por aplicativo (-17,96%) e o aluguel de veículo (-3,79%).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que calcula a inflação para famílias de menor renda, teve alta de 0,67% em janeiro, abaixo do resultado do mês anterior (0,73%), também maior variação para o mês desde 2016 (1,51%).