Inflação registra o pior março em 28 anos

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março teve alta de 1,62%, 0,61 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 1,01% de fevereiro.

Essa é a maior variação da inflação para um mês de março desde 1994, quando o índice foi de 42,75%, no período que antecedeu a implementação do Plano Real.

No ano, o IPCA acumula alta de 3,20% e, nos últimos 12 meses, de 11,30%, acima dos 10,54% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Em março de 2021, a variação mensal foi 0,93%.

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta na inflação de março.

A maior variação (3,02%) e o maior impacto (0,65 p.p.) vieram dos Transportes, que aceleraram na comparação com o resultado de fevereiro (0,46%).

Na sequência, veio o grupo Alimentação e bebidas, com alta de 2,42% e 0,51 p.p. de impacto.

Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 72% do IPCA de março. Além deles, houve aceleração também nos grupos Vestuário (1,82%), Habitação (1,15%) e Saúde e cuidados pessoais (0,88%).

O único com queda foi Comunicação, com -0,05%. Os demais ficaram entre o 0,15% de Educação e o 0,59% de Despesas pessoais.

O resultado do grupo Transportes (3,02%) foi influenciado, principalmente, pela alta nos preços dos combustíveis (6,70%), em particular, o da gasolina (6,95%), subitem com maior impacto individual (0,44 p.p.) no índice do mês.

Cabe lembrar que, no dia 11 de março, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras foi reajustado em 18,77%. Além disso, houve altas nos preços do gás veicular (5,29%), do etanol (3,02%) e do óleo diesel (13,65%). Os dois últimos contribuíram conjuntamente com 0,06 p.p. no IPCA de março.