IPCA: inflação fica em 0,47% em maio e desacelera para 11,73% em 12 meses

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, desacelerou para 0,47% em maio, após alta de 1,06% em abril, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Trata-se da menor variação mensal desde abril do ano passado, quando ficou em 0,31%.

Em 12 meses, o IPCA passou a acumular alta de 11,73%, contra o 12,13% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

No ano, os preços ao consumidor subiram em média 4,78%.

Apesar de ter desacelerado em maio, já são 9 meses seguidos com a inflação anual rodando acima dos dois dígitos.

A inflação acumulada em 12 meses é a maior para maio desde 2003, quando ficou em 17,24%.

Apesar da desaceleração da alta, 8 dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram aumento de preços em maio.

 A maior variação veio do grupo Vestuário, com alta de 2,11%.

Já o que mais pesou no IPCA de maio foi o grupo Transportes (1,34%), com impacto de 0,30 ponto percentual na taxa do mês.

O único grupo a apresentar queda foi Habitação (-1,70%), beneficiado pelo recuo do preço da energia elétrica (-7,95%).

Os combustíveis subiram 1%, mas desaceleraram em relação ao mês anterior (3,20%).

Na gasolina, a alta passou de 2,48% em abril para 0,92% em maio.

Houve ainda queda no preço do etanol (-0,43%), que, em abril, havia subido 8,44%.

A média das expectativas do mercado para a inflação fechada de 2022 está atualmente em 8,89% segundo a última pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central.

Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,5% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 2% e 5%.

O próprio Banco Central já admitiu, entretanto, que a meta de inflação deve superar pelo 2º ano seguido o teto da meta.

Para tentar trazer a inflação de volta para a meta, o Banco Central tem feito um maior aperto monetário.

A taxa básica de juros (Selic) está atualmente em 12,75% e o BC sinalizou que caminha para elevar mais os juros.

Para o próximo ano, a meta de inflação foi fixada em 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Para 2023, a projeção atual do mercado é de inflação de 4,39% e taxa de juros em 9,75% no final do ano.