Juro bancário médio registra maior taxa em mais de dois anos
O Banco Central (BC) informou que o juro bancário médio com recursos livres de pessoas físicas e empresas chegou a 35,3% ao ano em janeiro.
O juro bancário médio com recursos livres não conta os setores habitacional, rural e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo a instituição, essa é a maior taxa desde novembro de 2019, quando somou 35,5% ao ano. Com isso, é a maior taxa em pouco mais de dois anos.
Após registrar o maior crescimento em seis anos em 2021, o juro bancário médio fechou o ano passado em 33,9% ao ano.
A alta dos juros bancários médios é reflexo, entre outros fatores, do aumento da Selic, a taxa básica de juros da economia.
A Selic passou de 2% em janeiro de 2021 para 10,75% ao ano em fevereiro deste ano com o objetivo de tentar conter as pressões inflacionárias e também o spread bancário, que inclui a margem de lucro das instituições financeiras.
O crédito rotativo do cartão de crédito, cuja demanda em 2021 foi a maior em dez anos, pode ser acionado por quem não pode pagar o valor total da fatura na data do vencimento, mas não quer ficar inadimplente.
Essa é a linha de crédito mais cara do mercado e, segundo analistas, deve ser evitada. A recomendação é que os clientes bancários paguem todo o valor da fatura mensalmente.
Para as pessoas físicas, de acordo com o BC, destacaram-se as elevações no crédito pessoal não consignado, com alta de 3,5%, de cartão de crédito rotativo, com aumento de 8,6%, e do cheque especial, com crescimento de 13,6%.
Apesar de o volume total do crédito ter ficado estável em janeiro, as concessões de novos empréstimos bancários registraram forte aumento, subindo 12,6%.