Mais de 63% das famílias diminuíram consumo durante a pandemia
Durante o período de isolamento social, diversas famílias brasileiras relataram dificuldades de manter o padrão de consumo com o grande aumento da inflação e altos níveis de desemprego.
Sobre o assunto, o Instituto FSB Pesquisa, a pedido da rede de saúde SulAmérica, mostra dados que comprovam que o poder econômico caiu drasticamente no Brasil.
Desde o início da pandemia de Covid-19, 63% das famílias brasileiras precisaram reduzir gastos.
Para 47% da população, a saúde financeira é o principal motivo de preocupação no dia a dia, e quase metade dos brasileiros afirma estar “apertado” quando se trata de finanças.
Essas são algumas das conclusões do levantamento que visa avaliar a saúde financeira dos brasileiros nos últimos 12 meses, durante uma pandemia e a crise financeira que se agravou em função disso.
O estudo foi realizado em maio de 2022, com uma amostra de 2.000 entrevistas e divulgado agora.
Parte inferior do formulário
De acordo com informações oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) do Brasil durante novembro de 2021 foi de 0,95%, enquanto o IPCA acumulado de março de 2021 até o mesmo mês de 2022 chegou a 10,74%.
Para famílias de baixa renda, o impacto foi ainda maior.
A pesquisa da FSB mostra que cerca de 32% da população não possui renda suficiente para pagar custos básicos de casa, além de 28% que revelaram não serem capazes de lidar com despesas inesperadas.
De acordo com os dados do FSB, 39% utilizaram empréstimos no último ano, e 52% dos empréstimos contratados possuem pagamentos atrasados, o que pinta um cenário preocupante em relação à adimplência dos brasileiros.
O estudo ainda atribuiu o endividamento por geração, sendo os nascidos entre 1965 e 1981 os que mais utilizaram empréstimos no último ano, 44%.
Já os nascidos entre 1990 e 2010 tiveram uma alta taxa de endividamento, com quase 26% do total de entrevistados com dívidas adquiridas no último ano.
A pandemia acelerou esse processo e agravou a crise econômica e social enfrentada pelo Brasil e, sem saída, emprego estável e com os preços cada vez mais altos, a realidade tem sido dura para milhões de trabalhadores, que acabam tendo que recorrer a empréstimos, muitas vezes sem ter como pagá-los.