Número de trabalhadores na construção cresce 30% em dois anos
Depois de dois anos com lançamentos e vendas de imóveis em alta, a construção civil é uma das atividades econômicas que mais têm gerado oportunidades de trabalho para trabalhadores no País desde a queda acentuada no número de vagas em 2020, no início da pandemia de covid-19.
O número de pessoas que trabalham na construção subiu 29,8% nos últimos dois anos. O setor foi um dos responsáveis por reduzir a taxa de desemprego no País, que chegou a 9,8% em maio.
A construção é o setor que mais cresceu em número de pessoas ocupadas entre maio de 2020 e maio de 2022, segundo a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (Pnad), do IBGE.
No total, segundo o IBGE, o Brasil tinha 7,4 milhões de pessoas trabalhando no setor de construção no trimestre encerrado em maio – bem acima dos 5,5 milhões de dois anos atrás, quando a economia era afetada por uma onda de demissões em consequência da pandemia.
O número vem se mantendo ao redor desse patamar desde o fim do ano passado. Antes disso, a última vez que o Brasil teve essa quantidade de pessoas trabalhando na construção foi em julho de 2016. No pico da série histórica do IBGE, o Brasil chegou a ter 8,3 milhões de trabalhadores no setor, no trimestre encerrado em dezembro de 2013.
O crescimento no número de pessoas ocupadas na construção, porém, não acompanha uma alta nos rendimentos. A maior parte dos trabalhadores do setor é informal e tem renda menor do que aqueles contratados com carteira assinada.
O rendimento médio dos trabalhadores da construção civil é de R$ 2.069, de acordo com os dados do IBGE. O valor médio para todos os segmentos é de R$ 2.613.
De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o número de trabalhadores formais da construção civil tem crescido em ritmo menor.
Na comparação entre os meses de março de 2020, quando iniciaram as restrições econômicas geradas pela pandemia, e março de 2022, o número de carteiras de trabalho assinadas no setor subiu 19,5%, e passou de 2 milhões para 2,4 milhões.
(((Com informações do jornal O Estado de SP)))