Pagamento do 13º salário vai injetar R$ 3,9 bilhões na região do ABC

O pagamento do 13º vai injetar R$ 3,9 bilhões na economia do Grande ABC. O montante representa aumento de 8,33% na comparação com o ano passado, quando o abono de Natal atingiu a marca de R$ 3,6 bilhões nas sete cidades.

Os números foram estimados pela Subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e reúnem dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e da Previdência Social.

O Dieese não leva em conta autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano, uma vez que não há dados disponíveis sobre esses proventos. 

Os trabalhadores com carteira assinada vão receber R$ 2,7 bilhões, enquanto os aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) contribuem com R$ 1,2 bilhão. 

A região contribui com cerca de 1,6% de todo 13º salário que é pago no Brasil, estimado em R$ 249,8 bilhões para este ano, segundo os dados do Dieese.

As sete cidades reúnem 1,3 milhão de pessoas que receberão o 13º salário. São 792 mil trabalhadores com carteira assinada e 510 mil beneficiários da Previdência Social. 

No Estado de São Paulo, o abono atingirá a marca de R$ 72,3 bilhões, aproximadamente 29% do total do Brasil e 59,1% da região Sudeste.

A média de valores por pessoa é estimada em R$ 2.987. Segundo os cálculos, 22,5 milhões de pessoas devem receber o 13º. O número equivale a 26,3% do total que terá acesso ao benefício no Brasil. Em relação à região Sudeste, corresponde a 55,8%.