Salário médio de contratação com carteira assinada cai 5,6% em um ano
O salário médio de contratação no país em empregos com carteira assinada voltou a cair em maio e acumula uma queda de 5,6% em 1 ano, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Previdência.
Em maio, o salário médio real de admissão foi de R$ 1.898, contra um valor de R$ 1.916 em abril, e de R$ 2.010 em maio do ano passado, em valores corrigidos pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Nos cinco primeiros meses de 2022, apenas em abril o salário de admissão registrou aumento real.
O valor médio de R$ 1.898 registrado em maio é o mais baixo desde dezembro de 2021.
De acordo com os dados do governo federal, foram criados 277 mil empregos com carteira assinada em maio no Brasil.
No ano acumulado no ano, foram 1,05 milhão de vagas formais a mais.
Os números do Caged mostram, porém, que os salários médios iniciais continuam encolhendo.
Em outras palavras, a recuperação do mercado de trabalho e a queda do desemprego ainda não refletem em uma melhora da renda – que segue sendo corroída pela inflação nas alturas e pelo elevado número de brasileiros em busca de uma ocupação.
Os salários iniciais também seguem menores que as remunerações médias dos profissionais que saíram das vagas.
Em maio, o salário médio real dos trabalhadores demitidos foi de R$ 1.957. Ou seja, 3,15% acima do salário médio de contratação (R$ 1.898).