Trabalho por conta própria cresce com renda 31% menor e fica mais precarizado
Quem está trabalhando por conta própria desde o início da pandemia está ganhando 31% menos em comparação aos que tomaram essa iniciativa dois anos antes da covid-19.
Entre os mais antigos, o rendimento médio era de R$ 2.074, enquanto entre os mais novos nessa situação, ficou em R$ 1.434.
Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Ao final de 2021, o número de ocupados era 0,2% maior do que no final de 2019, enquanto o de trabalhadores por conta própria havia crescido 6,6% nesse período.
A maioria, no entanto, não tem nenhuma proteção social, confirmando a precarização do trabalho até mesmo para quem conseguiu se manter no mercado por conta própria.
A falta de contribuição para a Previdência atinge três em cada quatro pessoas.
Ou seja, apenas 12,7% conseguem pagar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para ter alguma segurança no futuro com a aposentadoria e outros benefícios.
O percentual, entre os mais antigos, que conseguia contribuir era de 58,3%. Os que não contribuíam ficou em 20,6%.