28 de abril é o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho

A Secretaria de Saúde e Segurança do Trabalho do Construmob convida todos os trabalhadores e trabalhadoras a refletir sobre a necessidade da segurança em seu local de trabalho.

O trabalhador e a trabalhadora da Construção Civil precisa tomar muito cuidado quando está exercendo suas funções de trabalho. É fundamental utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como luvas, capacete, máscara, protetor auricular, calçados e vestuário adequado à função que exerce, além de se atentar ao cumprimento das normas que regulamentam cada tipo de função. Também é papel do trabalhador exigir que a empresa cumpra todas as Normas Regulamentadoras (NR) de cada tipo de trabalho e forneça os EPIs. E caso as empresas não cumpram seu papel, é fundamental que o trabalhador denuncie para o Sindicato tais problemas. Os cuidados sobre a segurança e saúde no ambiente de trabalho são muito importantes para garantir o bem-estar dos trabalhadores evitando a perda de vidas, surgimento de doenças e até a incapacitação para o exercício profissional. Tais cuidados devem ser tomados também para situações corriqueiras do dia a dia, além do ambiente laboral, como os trajetos de ida e volta do trabalho.

Um dia para refletir e homenagear
No dia 28 de abril de 1969 uma explosão em uma mina no estado norte americano da Virginia matou 78 mineiros e, só em 2003, 34 anos após este terrível acidente, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) instituiu a data de 28 de abril como o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, em memória às vítimas de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Neste dia são celebrados eventos no mundo todo para conscientização dos trabalhadores e empregadores quanto aos riscos de acidentes no trabalho e o que era um dia de luto pela morte, transforma-se em um dia de luta pela vida – uma data pela defesa do trabalho digno.

No Brasil, a mesma data foi instituída como o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho, pela Lei nº 11.121/05, como uma forma de manter viva a importância da prevenção e o cuidado durante o exercício do trabalho, por parte de todos e mostrar a importância do desenvolvimento de projetos, programas e políticas públicas de prevenção de acidentes e doenças no trabalho e o combate a irregularidades no meio ambiente do trabalho em todo o Brasil.

Além da perda de vidas, incapacitações e danos à integridade física dos trabalhadores, irrecuperáveis, as perdas decorrentes de acidentes e doenças do trabalho são estimadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 4% do PIB, o que ultrapassa o valor de R$ 200 bilhões de reais/ano somente no Brasil.

O que é adoecimento ocupacional?

É qualquer alteração biológica ou funcional (física ou mental) que ocorre no organismo em decorrência do exercício do trabalho. Pode ser consequência da exposição a riscos ambientais, tais como riscos químicos (ex.: poeiras, fumos, névoas, neblinas, vapores, gases e substâncias ou produtos químicos em geral), físicos (ex.: ruído, vibrações, radiações, frio, calor, umidade) e biológicos (ex.: vírus, bactérias, protozoários, fungos, bacilos e parasitas). Decorrem, também, de problemas na organização do trabalho, ocasionando sobrecarga física ou mental.

Homenagem às vítimas

Para o diretor de Saúde e Segurança do Construmob, Cleiton Sabio, o trabalhador da construção civil é um dos que mais se expõe a riscos de acidentes de trabalho, pelas próprias características do tipo de atividade profissional que exerce. Mas ele destaca que é “sempre possível prevenir”. Sabio lembra do acidente que aconteceu na unidade Braskem, no Polo Petroquímico, em junho do ano passado que causou a morte de dois trabalhadores da categoria: Marcos da Conceição e Welquer de Jesus. Havia mais de 30 anos que não acontecia um acidente de trabalho tão grave dentro da planta do Polo Petroquímico, sinal da gravidade do que aconteceu. “Queremos homenagear a memória desses trabalhadores, e lembrar que esses profissionais perderam suas vidas enquanto cumpriam suas funções laborais, algo que nunca deveria acontecer”, explica. “Precisamos ficar atentos e sempre cobrar para que as empresas cumpram o que pede a legislação, para que situações de risco que levaram a essa situação não aconteçam mais”, finaliza.